sexta-feira, 30 de dezembro de 2011


É preciso dizer uma flor
uma flor viva para os que procuram
Tem qualquer coisa de incompleta nesses olhos
qualquer coisa que não toca o chão
de quem procura um tesouro nas utopias
de quem sente envergonhado
É preciso dar-lhes esperança
uma esperança real e que tenha nome
e que em todos os lugares possa ser alguém
como um sentimento em busca de uma pele
É preciso dizer...
É preciso acreditar que se pode...
É preciso dentro...
para construir...
construir algo de puro amor!...

Um comentário:

  1. É preciso o brilho no olhar, e uma queimação estranha, que me agonia a alma. Que esfrie o meu corpo, e se esquente a força estranha, que vem de não sei onde. Que as estrelas se apaguem, livres no espaço, como flores no infinito, no escuro, que não é teu, que não está completo. Eu arranco os ramos, para que a verdade ilumine o horizonte, para que as ondas molhem os pés, para que o verde no vestido não perca a luz. Eu preciso sentar ou deitar, para que os retratos não sejam rasgados, ou guardados, num canto qualquer. Nenhuma palavra! Sim, talvez, algumas, digam o quanto o sol está nos olhando e nos dizendo: "vivam esse momento, agora! vivam cada segundo desse instante!" As estrelas têm vida, e as flores murcharam. Teus braços me abraçam, enquanto observo as mãos frias se perderem num destino que não se compreende. As árvores, eu as observo, elas falam sobre tantas histórias, como a nossa, por tanto tempo elas falam, e é preciso o brilho, eu repito, o brilho, que o olhar possui, em momentos, mesmo difíceis. Um brilho, diante da tormente, quando não há mais luz, na plena escuridão, os olhos brilham, como estrelas, no infinito, como flores. Fellipe Cosme

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